20.1.17

metas para o ano novo

Esses dias eu estava organizando algumas coisas no meu quarto e acabei achando o caderninho onde em 2015 escrevi minhas metas para 2016. Na verdade, eu acho que escrevi no início de 2016 mesmo, enfim. Eram poucas, bem poucas, e muito mais realizações do que coisas materiais. Aliás, eram apenas realizações. Emagrecer, entrar na faculdade, avançar no inglês eram as principais. Logo abaixo de onde estava escrito cada uma dessas metas tinham algumas formas de como realizá-las. Tinha lido em algum lugar que ficava mais fácil de alcançar suas metas quando você anotava também as maneiras que você usaria para alcançá-las. 

E não discordo. Inclusive, concordo muito que não basta apenas escrever o que você quer. Acredito que você já saiba disso mas vale lembrar, anotar as metas em um caderno deixá-lo guardado em uma gaveta e esperar que elas se realizem não vai adiantar. A cada ano que você faz isso, mesmo sabendo que não vai adiantar, no final dele (do ano) você vai se queixar de que foi um ano ruim, de que não consegue realizar seus sonhos. Cada um encontra uma forma mais eficaz de correr atrás de suas metas, e essas formas também podem se modificar. Ao ponto que a vida - e nós - também nos modificamos. 

Eu acreditei que escrever as formas como correria atrás das minhas metas para o ano seria a melhor alternativa para alcançá-las, bem, esse ano não foi assim. Ano que vem talvez possa ser. As coisas mudam. Mas foi satisfatório olhar para aquelas metas e ver que, mesmo sem ser da maneira que eu tinha planejado, eu alcancei minhas metas. Sabe, eu não fiquei 30 minutos no Duolingo para melhorar meu inglês, mas ainda assim meu inglês melhorou. Eu descobrir que existiam opções ainda eficazes e que me deixavam muito mais feliz do estar no Duolingo, apesar de muita gente falar que é um ótimo meio para aprender, aquilo não me deixava feliz. E correr atrás de nossas metas tem que ser prazeroso agora também.

Bem, aonde eu quero chegar? Estabelecer metas e meios para cumpri-las é ótimo. Mas dar espaço para a vida nos surpreender é maravilhoso. É lindo olhar para aquelas metas e ver que eu não precisei fazer algo que eu não gostava para alcançar, ver que eu não entrei na faculdade no curso que eu tinha escrito ali, mas o curso que eu estou fazendo agora me faz MUITO feliz. É claro, eu não sei como seria se eu estivesse entrado no curso que estava escrito lá, e na real, eu nem penso nisso. O curso que eu estou agora me traz tanta alegria, realizações, me surpreende, me faz viver coisas que eu imaginava viver só na minha mente. 

O balanço da vida me faz ver que o que eu sonho pode se tornar real. Não, eu não fiquei parada, eu corri atrás do que eu queria, mas a vida me trouxe outros meios, outros planos. E isso me fez - e faz - muito feliz.

Estamos passando da metade de Janeiro, até o momento eu não fiz uma lista física de metas. Tudo o que eu desejo nesse ano cabe na minha mente. E, por enquanto, eu acredito que essa é a chave. Meu planejamento para esse ano é: buscar aquilo que eu consigo guardar na mente. Que eu consigo acordar todos os dias e lembrar. Ou mesmo que eu consigo lembrar em uma situação que me leve a fazer o contrário do que eu mentalizo. O tempo passa e com ele a gente aprende a se adaptar. O que nós achamos ser o melhor ou mais eficaz para nós, pode não ser. Cabe a nós permitir que a vida nos surpreenda.

Busquemos nossas metas para o futuro.  
Mas não nos esqueçamos da felicidade que há no presente.